A poliomielite, comumente conhecida como pólio, é uma doença infecciosa viral altamente contagiosa que atinge principalmente crianças menores de cinco anos. O vírus, que é transmitido de pessoa para pessoa, geralmente invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total em questão de horas.
Embora a poliomielite não tenha cura, a doença é prevenível através de uma vacina segura e eficaz, que tem sido utilizada desde o final da década de 1950 para imunizar milhões de pessoas em todo o mundo. A introdução desta vacina revolucionou a saúde pública e resultou em uma redução drástica na incidência da poliomielite globalmente.
Existem dois tipos de vacinas contra a poliomielite disponíveis: a vacina oral (OPV), que é feita com o vírus atenuado, e a vacina inativada (IPV), que é injetada e feita com o vírus morto. Ambas são extremamente eficazes na prevenção da poliomielite, protegendo o indivíduo imunizado de desenvolver a doença e ajudando a prevenir a propagação do vírus na comunidade.
É crucial notar que a vacinação é a única maneira efetiva de prevenir a poliomielite. Graças à vacinação em massa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera erradicar completamente a poliomielite nos próximos anos, um objetivo que está ao alcance graças ao esforço global contínuo na imunização.
Nas próximas partes deste artigo, vamos abordar em detalhes a história da vacina contra a poliomielite, a sua eficácia e segurança, o cronograma de imunização recomendado e a importância contínua da vacinação contra a poliomielite.
História da Vacina Contra a Poliomielite
A busca por uma vacina eficaz contra a poliomielite começou no início do século XX, quando a doença se tornou uma grande ameaça à saúde pública em todo o mundo. No entanto, foi só em 1955 que o Dr. Jonas Salk desenvolveu a primeira vacina segura e eficaz contra a pólio. A vacina de Salk, também conhecida como IPV (Inactivated Polio Vaccine), era feita de vírus da poliomielite inativados (mortos) e era administrada por injeção.
A vacina de Salk foi um grande avanço, mas exigia várias doses para fornecer imunidade e a necessidade de injeções tornava a administração da vacina mais difícil, especialmente em áreas pobres e rurais. Em 1961, o Dr. Albert Sabin introduziu uma nova vacina, conhecida como OPV (Oral Polio Vaccine), que era feita de vírus da poliomielite atenuados (enfraquecidos) e podia ser administrada por via oral.
A vacina oral provou ser uma ferramenta crucial na luta contra a poliomielite, pois era fácil de administrar, custava menos e fornecia imunidade de longo prazo. Além disso, a vacina oral também ajudava a aumentar a imunidade da comunidade, já que o vírus atenuado na vacina podia ser passado de pessoa para pessoa, ajudando a proteger mesmo aqueles que não haviam sido vacinados.
Ao longo dos anos, a vacinação contra a poliomielite levou a uma redução drástica na incidência da doença. No entanto, a luta contra a poliomielite ainda não acabou, e o esforço contínuo de vacinação é necessário para garantir a erradicação total da doença. Na próxima parte, discutiremos a eficácia e segurança da vacina contra a poliomielite.
Eficácia e Segurança da Vacina Contra Poliomielite
As vacinas contra poliomielite são altamente eficazes na prevenção da doença. Após três doses da vacina inativada (IPV), mais de 90% das pessoas desenvolvem proteção imunológica contra todos os três tipos de poliovírus, e mais de 99% estão protegidas após cinco doses. Da mesma forma, a vacina oral (OPV) confere imunidade a mais de 90% das pessoas após três doses, e mais de 99% estão protegidas após três doses.
As vacinas contra poliomielite também são extremamente seguras. Como todas as vacinas, elas podem causar efeitos colaterais, mas estes são geralmente leves e temporários. O efeito colateral mais comum da IPV é dor ou vermelhidão no local da injeção. A OPV, por sua vez, tem poucos efeitos colaterais. Em raros casos, a vacina oral pode causar paralisia associada à vacina, mas isso ocorre em menos de um em cada 2,4 milhões de doses administradas.
Uma questão chave na luta contra a poliomielite é a circulação do vírus derivado da vacina (cVDPV). Isto ocorre raramente quando o vírus atenuado na OPV é capaz de circular por um longo período, durante o qual pode sofrer mutações e adquirir a capacidade de causar paralisia. No entanto, vale ressaltar que a circulação de cVDPV só ocorre em áreas de baixa cobertura vacinal, e a maneira mais eficaz de prevenir essa situação é através da alta cobertura vacinal.
Apesar do sucesso das vacinas na prevenção da poliomielite, a erradicação completa da doença requer a continuação dos esforços de vacinação. Na próxima parte, abordaremos o cronograma de imunização recomendado e a importância contínua da vacinação contra a poliomielite.
Cronograma de Imunização e a Importância Contínua da Vacinação
O esquema de vacinação contra a poliomielite varia de país para país, dependendo das recomendações das autoridades de saúde pública. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a administração da vacina inativada contra poliomielite (IPV) aos dois, quatro e seis meses de idade, seguida de uma dose de reforço entre os 12 e 15 meses de idade e outra entre os 4 e 6 anos de idade. Em alguns países, a vacina oral (OPV) ainda é usada, e é frequentemente administrada em campanhas de vacinação em massa para ajudar a interromper a transmissão do vírus.
A importância de manter a vacinação contra a poliomielite não pode ser subestimada. Enquanto a poliomielite existir em qualquer lugar do mundo, todos os países estarão em risco, pois o vírus da poliomielite pode facilmente atravessar fronteiras internacionais e infectar pessoas não vacinadas. Por isso, é crucial que a cobertura vacinal seja mantida em altos níveis em todos os países para proteger todas as crianças e evitar a ressurgência da doença.
No entanto, a vacinação contra a poliomielite enfrenta vários desafios, incluindo a hesitação em relação à vacina, conflitos, instabilidade política e dificuldades logísticas na entrega das vacinas. É crucial que esses desafios sejam superados para que a meta global de erradicação da poliomielite possa ser alcançada.
Por fim, é importante ressaltar que a vacinação contra a poliomielite não beneficia apenas os indivíduos vacinados, mas também as comunidades e sociedades ao proteger contra a propagação do vírus. Através da vacinação, podemos não apenas proteger as futuras gerações da poliomielite, mas também garantir um mundo livre de poliomielite para todos.
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